13 janeiro 2006

La Marche de l'empereur

We must admire them: if only because they are much nicer than ourselves!
Apsley Cherry-Garrard, sobre pingüins,
em The worst journey in the world


Estréia A Marcha dos Pingüins, de Luc Jacquet, o documentário mais visto nos EUA desde Fahrenhei 9/11, que incidentalmente é também o filme francês mais visto no mercado norte-americano da história, ultrapassando Amelie Poulin e O Quinto Elemento.

(Não consigo deixar de dizer esse último detalhe com um sorriso sacana nos lábios, pensando em Goudard & Cia.)

A Marcha... foi um desses fenômenos estranhos que acontecem no cinema de vez em quando, um filme conseguir grande bilheteria só na base do boca-a-boca, para surpresa de todos, inclusive o diretor e os produtores. Acompanho notícias sobre a Antártica no Google News e a película monopolizou meu leitor de RSS no ano que passou. Há quem considere mais do que um excelente documentário sobre vida animal, seria um conto sobre perseverança, valores familiares, etc. Tem quem diga que de documentário não tem nada e que tornar os pingüins antropoformes (dá-lhe, Houaiss!) é só pieguice... A ver. Eu assistiria por dever do ofício, considerando a divisão onde trabalho e minha obsessão antártica, mas estou sinceramente ansioso para ir ao cinema - as imagens do trailer são realmente breathtaking, escolham uma tela grande.

Na carona do sucesso no mercado norte-americano (provavelmente nem teria sido lançado aqui se não fosse por isso), a distribuidora fez uma campanha respeitável para o lançamento mundial, estréia em grande circuito hoje (já passou no FIC Brasília 2005, mas eu perdi) e já há versão ilustrada nas livrarias.

Mas o fato de estar sendo lançado no Brasil a partir da versão americana e não do original francês deu origem a um pequeno detalhe que eu achei desrespeitoso ao espectador. Por que c@&#$%* abandonaram o título original, A Marcha do Imperador ?? Convenhamos, é infinitamente melhor do que ...dos Pingüins. O que só confirma a tese de que os funcionários que traduzem os títulos dos filmes (ou pior, incluem aqueles subtítulos ridículos e desnecessários) são uns idiotas.

Aproveitem que Brasília é dos únicos lugares que exibem a versão legendada, ao invés da dublagem de Antônio Fagundes e Patrícia Pillar. Resta saber se legendaram a versão em inglês, dublada por Morgan Freeman, ao invés da original em francês, com um tal Charles Berling...

Stay tuned, voltarei a este post depois de ver o filme.

PS: Sim, haverá sessão conjunta seguida de uma derrubada de pingüins no Bar Brasília em data e horário a serem oportunamente agendados.

2 comentaram:

Anônimo disse...

YYYYAAAAAAAAYYYYYYYYYYYYY!!!!!!

F. disse...

??????