13 setembro 2008

A caminho de casa

Depois de férias curtas demais e de um curso longo demais (um semestre inteiro da UnB em 4 semanas...), ansioso e em contagem regressiva para voltar a BsAs e recomeçar minha vida lá, que quedó colgada en "animación suspendida".

Lo que me recuerda...

Home Sweet Home, Home Sweet Home
esta no es, no es mi casa no,

Home Sweet Home, Home Sweet Home
volver siempre, siempre es mi ilusión
Home Sweet Home, Home Sweet Home
y al volver esta es mi cancion:

Por mas lejos que yo esté, siempre extraño, es así,
cuando llego tengo que partir,
cuando estoy lejos de aquí, me pongo sentimental,
y eso que el Tango no es para mí.

Home Sweet Home, Home Sweet Home,
esta no es, no es mi casa, no
Quiero mi cocina, quiero mis parlantes,
quiero que me llames cuando te levantes,
cuando extraño siempre soy así
Quiero mi cama que es alucinante
Quiero mis discos, quiero tus mordiscos
cuando extraño siempre soy así
(Los Pericos)

23 agosto 2008

Getting by. Momento trilha sonora

What would you think if I sang out of tune
Would you stand up and walk out on me?
Lend me your ears and I'll sing you a song
And I'll try not to sing out of key
Oh I get by with a little help from my friends
Mm I get high with a little help from my friends
Mm going to try with a little help from my friends

What do I do when my love is away?
(Does it worry you to be alone?)
How do I feel by the end of the day?
(Are you sad because you're on your own?)
No I get by with a little help from my friends
Mm I get high with a little help from my friends
Mm going to try with a little help from my friends

(obrigado, crianças)

18 agosto 2008

Luto

O Gordo morreu no último sábado. Uma insólita parada cardíaca durante um exame veterinário de rotina, aparentemente causada por stress (e predisposição da raça). Tinha três anos.

Sinto culpa. Sinto ausência.

01 agosto 2008

De Buenos Aires a Rio Grande

A foto do post anterior foi tirada com meu celular pouco antes de partir de Buenos Aires em uma das "clínicas oceánicas" de Ernesto Saikin, uma espécie de versão individual argentina da Família Schürmann - após diagnosticado com duas úlceras por stress, largou seus três empregos e passou a viver em um veleiro, o New Life, e saiu viajando por 7 anos. De volta, vive hoje no "New Life continúa", um Pandora 36 reforçado, escrevendo, organizando travessias e viagens charter em Angra. Mais ou menos o que quero ser quando crescer.

Sete pessoas, eu inclusive, acharam que não tinham nada melhor para fazer neste inverno do que compor a tripulação de uma dessas travessias, uma oportunidade para aprender mais sobre vela, navegação noturna, manejar o GPS (aparelhinho maravilhoso que "te deixa burro, muito burro demais") e adquirir experiência. Foram excelentes companheiros de viagem e fico feliz de poder dizer que, depois de passar uma semana com eles trancado em um espaço pequeno, confinado, sem banhos regulares (só em porto), por incrível que pareça, nos fizemos amigos.

A travessia foi intensa, mas não foi particularmente divertida, foi MUITO incômoda. O que complicou nossa vida foi que todo o caminho foi feito com vento contrário - o que contradisse a meteorologia, à qual o capitão se aferrou com fé para não mudar o curso programado. Isso nos obrigou a seguir com motor quase todo o tempo, mesmo quando podíamos abrir as velas, quando o indicado seria fazer um bordo bem largo, afastando-se da costa, o que teria atrasado nossa chegada, mas teria feito a viagem mais cômoda. Com velas, o barco balança, mas é mais estável, com motor ele avança, mas joga mais: nunca achei que podia vomitar tanto.

Só de pensar em sair do cockpit e entrar na cabine já me embrulhava o estômago, chega um ponto em que é um alívio a chegada do Raul. Você acaba desenvolvendo métodos para ficar em bons termos com ele, como um tripulante a mais, a minha revelou ser assobiar, uma espécia de técnica de respiração não yogue.

No total foram 5 dias de travessia, com uma escala em Punta del Este de dia e meio. Ao longo do caminho, nos fizeram companhia albatrozes (los cejas negras), petréis, gaivotas, pen duicks, toninhas, um ou outro pingüim perdido e lobos marinhos, inclusive os preguiçosos e mendicantes lobos de Punta, que aguardam pacientemente os restos dos peixes que são limpos no cais.

E estrelas. Nunca pensei que existissem tantas estrelas. Navegar de noite é maravilhoso, usar as estrelas não exige nenhum conhecimento astronômico: apega-se a uma ou umas poucas como ponto de referência e de quando em vez se corrige o rumo pela bússola ou o GPS. Quando foi a última vez que você ficou horas olhando para as estrelas?

Depois da escala em Punta, pegamos mal tempo justo nos bancos da costa do Rio Grande do Sul - um trecho bem perigoso, a baixa profundidade aumenta as ondas. Chegamos a ficar sem o piloto automático (que nos ajudava a manter o curso) devido a um pico na rede elétrica causado por uma ida inoportuna ao banheiro. Abusaram dele e o motor falhou por preocupantes minutos - confesso que, de meu molhado beliche, cheguei a sentir alívio por deixar de ouvir o motor, mas aquele não era o momento, não tão perto dos bancos da costa.

Chovia MUITO, o mal tempo começou justo na minha guarda noturna e reduzir velas foi difícil - desenvolvi a capacidade de girar a catraca enquanto vomitava. Quem disse que conseguia dormir depois de terminada a guarda? Preferi ficar no cockpit, procurando luzes que indicassem a proximidade de outras embarcações. Quando pude dormir, completamente encharcado, após ter limpado o estômago por uma última vez, me sentia dentro de uma coqueteleira: o barco jogava muito, fiquei praticamente 2 dias inteiros sem conseguir manter nada dentro do estômago.

Não exageremos, não foi uma situação onde se podia temer por nossa vida, o barco e a tripulação se portaram muito bem. Mas foi o momento em que eu pensei que carajo estoy haciendo acá!?. Tecnicamente, não chegou a ser uma tempestade, foi mais a rebarba de uma frente fria - na Escala Beaufort, que chega até 12, foi um vento de força 4-5, ventos de 30 nós, ondas de até 2 metros. Suficiente para atestar a frase de minha bisavó "com o mar não se brinca".

Foi duro. Ao mesmo tempo, foi de uma beleza espetacular. Com os olhos acostumados à escuridão, os raios nos cegavam completamente por longos segundos. A fosforecência varria o convés, a espuma das ondas era de um branco que chegava a brilhar, tinha um aspecto fantasmagórico que era bonito, apesar de aterrador.

Há experiências que são melhores lembradas do que vividas, esta foi certamente uma delas, o engraçado de atividades como a vela é que, por pior que sejam, você está pronto para repetir, tão logo o corpo descansou. Mais uma dose, é claro que estou afim...por que a gente é assim?
***

Chegamos no dia seguinte pela tarde, com bastante alívio, ao porto de Rio Grande (onde eu vi a P53, um monstro impressionante que quase me faz acreditar que o "a gente" na propaganda da Petrobrás me inclui), amarramos ao cais do Museu Oceanográfico da FURG, um agradável ancoradouro, na Lagoa dos Patos.

E agora estou em Porto Alegre, assobiando...

No sé si la luna está sobre Porto Alegre
O si Porto Alegre está sobre la luna
Nunca estuve tan perdido en mi vida
Y así me gusta, me gusta así.

No sé si habrá un amor en cada puerto
O un puerto en cada uno de mis amores
Donde anclar un pobre barco, casi hundido
Y así nos gusta, nos gusta así.

No sé si la luna esta sobre Porto Alegre
O si están al lado, una de la otra
Hoy un sentimiento extraño me provoca
Tenerte cerca, lejos de mí.

25 julho 2008

Embarcando


Com el capitán Ernesto no New Life, a caminho de Punta e de la para Rio Grande. Nos vemos no Brasil!

18 junho 2008

Confissão futebolística

Estou quase torcendo para os argentinos no jogo de hoje...

Com tanto quilombo acontecendo aqui, cacerolazos, greves, bloqueio de estradas, etc, os queridos boludos estão ainda mais melancólicos. Some-se a isso o clima de "perdemos o bonde da história" dos últimos tempos: é o Brasil de Tupi e do investment grade contra a Argentina da greve do campo e a maior (e totalmente desnecessária) crise desde 2001. Eles realmente precisam de uma injeção de moral para a coisa não degringolar de vez.

...eu disse quase...

PS: joguinho de merda....

05 junho 2008

Trilha sonora: de moedas e encruzilhadas

O problema com encruzilhadas e jogar moedas é que há 50% de chance dar errado. Na dúvida, melhor mesmo evitar tormentos e escolher tudo...

Ante la duda todo
Martin Buscaglia

en la curva del camino
un amor yo me encontré
en la curva del camino
dos amores encontré
pero el camino seguía
la curva ya la pasé

el cruzar la encrucijada
exige concentración
si mi cicatriz hablara
contaría su versión

nada más conozco un modo:
ante la duda todo
¿qué le vas a hacer si sos un niño vudú?
asúmelo uh
nada más conozco un modo:
ante la duda todo
¿qué le vas a hacer si ya apretaste el botón
de random? : om

30 maio 2008

10%


4 dos 39 de 2003

26 maio 2008

Trilha sonora: Dulce magnetismo

O show do Drexler na sexta foi bem bacana.

(...)
en el otro extremo
de esta línea, estás tú,
mi tormento,
mi fabuloso complemento,
mi fuente de salud.
Deseo
mire donde mire, te veo
mire donde mire, te veo
mire donde mire, te veo...

22 maio 2008

Lacking purpose...

We're not here because we're free. We're here because we're not free. There is no escaping reason; no denying purpose. Because as we know, without purpose, we would not exist.

It is purpose that created us. Purpose that connects us. Purpose that pulls us. That guides us. That drives us.

It is purpose that defines us.

Why do you do it? Why get up? Why keep fighting? Could it be for love? Illusions. Vagaries of perception. The temporary constructs of a feeble human intellect trying desperately to justify an existence that is without meaning or purpose.

You must know it by now. You can't win. It's pointless to keep fighting. Why? Why do you persist?

06 maio 2008

Dias cinzentos...

A Patagônia está cinza:



E, inferno astral, o Gordo voltou da guardia com uma infecção que se desenvolveu em uma pneumonia generalizada, bastante séria, passei a madrugada velando o bichinho, com medo do pior. Volta a pergunta: como é que há irresponsáveis nesse nesse mundo que aceitam responsabilidade sobre outros seres humanos?

PS 12/5: o Gordo está bem melhor, ainda tosse, mas está praticamente curado. Obrigado a todos pela preocupação, mas quero ver na próxima vez que eu anunciar aqui que estou doente se vou receber tantos emails....

04 maio 2008

Trilha sonora - Drexler é meu pastor, nada me faltará


Sea
(Jorge Drexler)

Ya estoy en la mitad de esta carretera
tantas encrucijadas quedan detrás...
Ya está en el aire girando mi moneda
y que sea lo que
sea

Todos los altibajos de la marea
todos los sarampiones que ya pasé...
Yo llevo tu sonrisa como bandera
y que sea lo que
sea

Lo que tenga que ser, que sea
y lo que no por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
ni en las recetas de la felicidad

27 abril 2008

Em Buenos Aires é outono...


(palo borracho)

29 março 2008

Falta de sincronia

Tudo isso rolando na Argentina e eu aqui no Cerrado brincando de volta às aulas...

24 março 2008

Trilha sonora: Dançando cumbia no cerrado

Cumbiera Intelectual En mi cabeza
Kevin Johansen

La conocí en una bailanta todo apretado
Nos tropezamos pero fui yo el que se puso colorado
Era distinta y diferente su meneada
Y un destello inteligente había en su mirada...

Estudiaba una carrera poco conocida
Algo con ver con letra y filosofía
Era linda y hechizera su contoneada
Y sus ojos de lince me atravesaban

En mi cabeza, en mi cabeza, en mi cabeza, vas dando vueltas…

No sé por qué ella no quiere salir
parece que le gusta estar aquí,
por más que intento que salga a pasear,
aquí dentro se quiere quedar, parece…

Y sigue y sigue comiéndome el coco,
me dijo que la llave se la tragó.
Dice que se va a quedar por siempre
en mi cabeza y en mi corazón.

Si le decía “Vamos al cine, rica”
Me decía “Veamos una de Kusturica”
Si le decía “Vamos a oler las flores”
Me hablaba de Virginia Wolf y sus amores
Me hizo mucho mal la cumbiera intelectual
No la puedo olvidar... a esa cumbiera intelectual...

Te gusta, te gusta estar en mi cabeza
Ay, mi negra, qué patitiesa
Cómo te gusta molestarme,
Cómo me gusta, ay! quejarme:
¿Por qué no, por qué no, por qué no te vas?
¿De una vez, de una buena vez?
¿Será porque te gusta, será porque te gusta?
¿Será que te gusta estar adentro mío?

Me hizo mucho mal la cumbiera intelectual
No la puedo olvidar... a esa cumbiera intelectual

En mi cabeza, en mi cabeza, en mi cabeza, vas dando vueltas…

12 março 2008

Perguntas que não querem calar

Envolvido em escândalo de prostituição, governador de Nova York renuncia.

O Governador de Nova York e, obviamente, ricaço Eliot Spitzer renunciou hoje em conseqüência de um escândalo que colocou seu nome na lista de clientes de uma rede de prostituição de alto nível. O caso ganhou enorme repercussão nos EUA, particularmente após a divulgação de que uma das moças que prestou serviços ao governador, a bela e refinada Kristen, cobrou US$ 4.500,00 (não é erro de digitação, é quatromilequinhentosdólares mesmo) por um romântico fim de semana.

Perguntas que não saem de minha cabeça:

1- Que mulher vale US$ 4.500,00 por um fim de semana?

2- O que é possível fazer com uma mulher que vale US$ 4.500,00 em um fim de semana que seja mais divertido do que é possível fazer com 5 mulheres em uma noite a US$ 900,00 cada?

3- E, supondo que o dinheiro não teve origem no erário, por que é que esse cara perdeu o mandato mesmo?!?!

11 março 2008

Torce e retorce

Eu poderia assinar embaixo de tudo que o Tio Riq, o cara que mais entende de viagem no Brasil, disse sobre esse patético episódio dos barrados nos aeroportos de Madri e Salvador (barrados, não "deportados": você precisa estar dentro do país para ser deportado). Mas iria ainda além: o tiro não é só no pé da indústria turística brasileira, é também no pé dos brasileiros que viajam para a Europa. Houve quem dissesse que isso é uma questão de "respeito" e de "orgulho nacional": não sei que diabo de solução é essa em que todos saem perdendo.

Explico: ao retaliar aplicando a "reciprocidade" (tecnicamente, não se trata de "reciprocidade", mas de "retorção": aplicação de uma medida formalmente legal para retaliar outra equivalente, vulgo "operação padrão" - como também era o caso das digitais norte-americanas) cria-se a ilusão de que as autoridades brasileiras estão lidando com a questão, quando não chegam a arranhar o problema de fato: o "tratamento Guantánamo" recebido por cidadãos brasileiros em Barajas, Lisboa e Heathrow. Viajantes cuja entrada foi negada na europa, muitas vezes arbitrariamente, são mantidos incomunicáveis, em condições precárias, sem atenção médica adequada, sujeitos a abusos de autoridade por dias até que haja alguma vaga em vôos para retorno. A retaliação simplesmente justifica esses abusos, mas limpa a consciência de quem deveria estar trabalhando para acabar com eles.

O tratamento que foi dado à questão na imprensa brasileira é ridiculamente preconceituoso, tanto quanto o preconceituoso agente de aeroporto espanhol: o problema existe há anos, é bem mais grave do que o publicado, mas ganhou repercussão porque gente "de bem" foi barrada. Salvo exceções, a mensagem geral dos jornais foi: como os espanhóis se atrevem comparar esses meninos a caminho de um congresso de estudantes universitários com a ralé que tenta migrar para o exterior?

O artigo da Barbara Gancia (em 29/02/2008, link para assinantes) foi a expressão máxima disso, uma das maiores demonstrações de preconceito que já vi contra a comunidade de brasileiros no exterior, me deu verguenza ajena:

"Qualquer um que já tenha viajado à Europa sabe do que brasileiros são capazes quando estão no exterior. Travestis tapuias se prostituem por dois tostões na Itália e na França. Em Portugal e na Espanha, somos conhecidos como traficantes de drogas e, na Alemanha e na Suíça, as brasucas são tidas como prostitutas de luxo."
A autora admite estar fazendo uma "generalização grosseira", mas acha que ela e "o brasileiro que vai para trabalhar, estudar ou gastar seu suado dinheirinho de férias" não merecem ter o mesmo tratamento dado a brasileiros que fazem má fama "tapuia" na Europa. Quem é que merece ficar dias incomunicável à disposição de uma autoridade policial? Quem é que merece ter seu direito de ir e vir violado sem acusação formal?

Parece a cena do filme "Tropa de Elite" em que um rapaz tenta escapar dos safanões do Capitão Nascimento ao invocar sua condição de estudante. Barbara Gancia, a senhora é moleque. Moleque por fazer uma generalização grosseira dessas sabendo que é bobagem. Traficantes de drogas vão em cana quando são pegos em aeroportos - e mesmo eles têm direito a um telefonema ao ir em cana, o que muitas vezes é negado aos viajantes barrados em Barajas. Prostitutas merecem o mesmo tratamento não preconceituoso dado a colunistas. Seu artigo diz basicamente que o preconceito do agente do aeroporto não pode ser contra os brasileiros em geral, tem que ser um pouquinho mais seletivo...

O problema não são as férias arruinadas dos brasileiros barrados, a Espanha tem todo direito de barrar quem quiser, com o argumento ridículo que for - como também têm essa prerrogativa os agentes da PF de Salvador. A questão é como são tratados esses cidadãos barrados no "limbo" do aeroporto, sejam eles prostitutas ou estudantes universitários.

Graças a esse infantil exercício ufanista de virilidade que resolveram chamar erroneamente de "reciprocidade", não se avançará um milímetro no problema real: o fato de viajantes barrados serem mantidos incomunicáveis, em condições precárias. Guardadas as devidas proporções, é o equivalente a ser levado pela polícia sem acusação formal. E agora o governo deu a desculpa derradeira para que isso continue a ocorrer: é "reciprocidade".

Nesse sentido, talvez a exigência recíproca de vistos (aí sim é "reciprocidade") seja o mal menor, evitaria desgastes desnecessários ao dificultar antes da partida a entrada de potenciais barrados na Europa. Vale lembrar que visto é apenas "expectativa de direito" e que mesmo com visto o viajante ainda pode ser barrado. De forma semelhante, o México nos fez um favorzão ao passar a exigir vistos a brasileiros: reduziu o número de brasileiros mortos ao tentar atrevessar o deserto para os EUA.

Disclaimer: não precisaria dizer, mas precisa. As opiniões acima são de caráter estritamente pessoal, não comprometem meus empregadores

06 março 2008

Enquete: a solução latino-americana para o conflito andino

Via Unos cuantos piquetitos: Qual seria a "solução latino-americana" para o conflito andino?

a) Onze pra cada lado e resolve com uma pelada;
b) Um presidente enche a cara e ocupa as primeiras ilhas que ver pela frente;
c) Emburrecer equatorianos e venezuelanos até que não sejam mais capazes de entender um mapa;
d) Dar uma encolhida nos índices de inflação e nos marcos de fronteira
e) Colômbia e Equador organizam um carnaval, todo mundo peladão, e esquece tudo que aconteceu com muita cachaça.

The Vasectomy Chronicles

The Vasectomy Chronicles: um dia eu tomo coragem...

26 fevereiro 2008

Trilha sonora: Ô, Cride!

...ainda lidando com as culpas geradas pela presença na sala desse altar do entretenimento passivo, tentando exercer auto-controle...

A Televisão
Me deixou burro
Muito burro demais
Agora todas coisas
Que eu penso
Me parecem iguais

O sorvete me deixou gripado
Pelo resto da vida
E agora toda noite
Quando deito
É boa noite, querida....

Oh! Cride, fala prá mãe!...

A mãe diz prá eu fazer
Alguma coisa
Mas eu não faço nada
A luz do sol me incomoda
Então deixa
A cortina fechada

Oh! Cride, fala prá mãe
Que tudo que a antena captar
Meu coração captura

É que a televisão
Me deixou burro
Muito burro demais

25 fevereiro 2008

Efemérides do final de fevereiro

Mais ou menos dez anos atrás eu mudava para BSB. Há dois anos eu chegava a BsAs com 15 Kg de roupa suja nas costas.

Rápido demais...

19 fevereiro 2008

Quem venceu?

Traicionaría por tanto mi conciencia ocupar una responsabilidad que requiere movilidad y entrega total que no estoy en condiciones físicas de ofrecer.

Não foi bem uma renúncia, o barbudo apenas se recusou a ser "reeleito" (cof cof). Mas com a saída de Fidel da presidência de Cuba, quem venceu a mini Guerra Fria caribenha? O imperialismo, ao ver seu arqui inimigo desisitir, ou o comandante, ao sair em seus próprios termos?

Ou venceu apenas o prazo de validade?

Que final sem graça para uma disputa que quase levou à hecatombe nuclear. Se o sucessor dele for esperto, a morte de Fidel nunca será declarada. O melhor a fazer é mandar empalhar e botar o barbudo sentado em uma cadeira no cantinho do gabinete, vestindo a farda (ou o agasalho da adidas, se rolar um "merchan"). Enquanto isso, um ghost writer continua escrevendo no Granma as "Reflexões de Fidel". Qualquer coisa, foi o Fidel que recomendou fazer, sentadinho de sua cadeira lá no canto. Não, não o incomode, ele está dormindo a siesta.

Quem se atreveria a questionar um regime que tem como inspiração um ser imortal? Para garantir, deveriam preventivamente tirar umas fotos como essa aí do lado, para provar que o barbudo está vivo. Um Photoshop básico muda a manchete do Granma de acordo com a necessidade do dia - se Stalin mandou reeditar os livros de história, por que Fidel não pode escrever o futuro? Não deve ser difícil para um dinossauro fazer pré-história.

O barbudo assim será imortal e as sutis diferenças entre marxismo e teocracia finalmente cairão por terra.

14 fevereiro 2008

Da série: "Memória afetiva é uma merda"...

...dois temas flashback para grudar na cabeça dos leitores.


Hello, Michael


Pam-param-paaaaa pam-paraaam

13 fevereiro 2008

Convenção de Batmans do Mercosul

Em clima pré-visita presidencial, tropecei (de novo) com o vídeo abaixo, via meu amigo do Holden Dreams. Não precisa entender espanhol para achar hilário, principalmente se você já foi a alguma reunião do Mercosul.



Juan Carlos Batman era um dos personagens fixos do Cha Cha Cha, uma espécie de Casseta & Planeta argentino que teve muito sucesso nos anos 90.

06 fevereiro 2008

Mudanças no layout

A única coisa que brinquei nesse carnaval foi de mudar o layout do blog, na barra da direita.

- Saíram alguns links, outros foram atualizados, um ou outro acrescentado;

- O widget das fotos agora é o padrão do Blogger, um slideshow de minhas últimas fotos no Flickr e não mais fotos aleatórias. Pena que as fotos ficam pequeninas, suponho que isso possa um dia ser melhorado;

- Permanecem os links para ler o blog como RSS ou receber por email (via Feedburner), além do link direto para agregar ao Google Reader, que é o agregador de RSS que eu uso e rrrecomiéndo. Há também um botão para compartilhar no Facebook (quando o Orkut fizer uma bodega dessas eu coloco);

- Limei os botões de Technoratis e afins, nunca usei mesmo essa bodega, nem sei para que servia direito;

Mas a mudança mais legal ficou na sessão "Olha só que bacana...": depois de flertar com as ferramentas para compartilhar links do Facebook e do Google Reader, a solução veio com o del.icio.us. Agora quando eu encontrar algo bacana na internet eu posso postar um link direto, com direito a breve comentário, na coluna da direita. Isso apertando apenas um botão (viva o Firefox!). Clicando no del.icio.us dá para assinar o feed dessas páginas compartilhadas.

05 fevereiro 2008

Buenos Aires, urgente!!

A violência em Buenos Aires atinge níveis alarmantes! Além do perigo constante representado pelos motochorros, a população não sabe o que fazer com os roubos de boqueteros. Alguns, sem nenhum requinte ou técnica especial, o fazem apenas com puñetazos.

Sem aviso, atacam casas, bancos e até prédios inteiros. Veja este informe televisivo: hicieron boquetes en las cuatro paredes. Políticos conservadores afirmam que a banalização dos boqueteros é um sinal da ruptura dos valores familiares.


(Tá bom, eu sei que é uma velha piada linguística, mas ocorre com tanta freqüência nas páginas policiales que é impossível não postar)

31 janeiro 2008

Nota de protesto

Cadê o Movimento Viva Rio nessas horas?!?! As passeatas pelo calçadão, todos vestidos de branco?!?! Cadê a população se mobilizando para defender esse patrimômia carioca, tão importante para o turismo brasileiro como o Cristo Redentor?!?

29 janeiro 2008

Às armas!!

Enfrento o calor de hoje de manhã e vou às 08h00 para a Prefectura Naval, o equivalente local da Capitania dos Portos, para dar início aos trâmites legais necessários do Veleriño. Tenho todos os documentos e minha firma no formulário reconhecida pelo cartório, conforme fui instruído anteriormente.

Faz calor. O inferno não pode ser muito pior do que uma repartição pública sem ar condicionado. Chega minha vez no balcão.

"A ver...a ver...esto está bien, esto también...aha! Falta el sello del Colegio de Escribanos!"

"Hein?! No, está acá" - aponto para a apostila que foi anexada ao formulário comprovando que minha assinatura é igual àquela que está em minha carteira de identidade argentina que, por acaso, está diante do barnabé engomadinho que acusa a falta do tal carimbo.

"No, este es el reconocimiento del escribano. Falta el sello del Colegio de Escribanos - es que hay muchos escribanos truchos". Seguiu-se uma frustrada, e desde o princípio sem esperanças, tentativa de reclamação junto ao responsável pela repartição, um intento de pelo menos dar início ao trâmite.

A lógica é a seguinte. Há um monte de mentirosos no Estado. Logo, o Estado supõe que TODOS são mentirosos. Portanto, não basta a apresentação de documentos, sua assinatura e sua presença diante do barnabé, afinal, para início de conversa, suposição básica, você É um mentiroso.

Para resolver isso, existe uma pessoa reconhecida pelo Estado que, por módicos preços, atesta que você não é um mentiroso e que o documento emitido pelo Estado é mesmo o documento emitido pelo Estado que diz que você é quem você diz ser.

Mas existe um montão de mentirosos por aí, até mesmo, pasmem, entre aquelas pessoas reconhecidas pelo Estado que podem atestar sua boa fé. Mas não se preocupem, há uma organização que reúne essas pessoas de boa fé autorizadas a reconhecer sua boa fé, e esta organização pode atestar a boa fé daquele que atestou sua boa fé.

E quem garante a boa fé dessa organização?!?! Ora, o Estado!! Mas há um monte de mentirosos no Estado...

***

Não é simplesmente um caso de criar dificuldade para vender facilidade, o buraco é mais embaixo, a conclusão aqui não é que o Estado seja corrupto. A existência de escrivães, cartórios, despachantes, colégios de escrivães e afins é prova de que o Estado é a corrupção e a corrupção é o Estado. Por que simplesmente não incluem o valor da propina na taxa a ser paga pelo trâmite? Afinal, a taxa não é mais do que isso, uma extorsão de alguém que pode dificultar sua vida se quiser, não faz diferença se esse alguém é uma entidade coletiva ou o engomadinho na sua frente.

Me senti um otário por ter perdido a manhã, de terno, suando naquela filial do inferno; um otário sequer digno da sugestão de pagar um cafezinho, uma cervejinha, deixar um por fora. Deu vontade de invocar Bakunin, baixar o anarquista, derrubar o edifício na base do coquetel molotov. Domesticado como sou, engoli em seco, ajustei o colarinho e voltei para minha repartição, já que tenho que carimbar alguns papéis também...

25 janeiro 2008

Pequenas alegrias fúteis...

...ao invés de comprar ternos novos, ir ao alfaiate para ajustar a roupa. E ver o corte de vários centímetros.

11 janeiro 2008

Chegou


Levando o Veleriño para o Club Náutico de Olivos.

02 janeiro 2008

Feliz 2008


Desde Ushuaia.