11 janeiro 2006

Família....família....cachorro, gato, galinha...

Minha "buffer zone" de 1.000 Km de distância do parente mais próximo está desativada. Meus velhos estão em BSB. Há menos de 24h, mas já estão me deixando doido, revirando o apartamento todo, jogando tralhas fora sem me perguntar, "arrumando" minhas coisas, querendo "arrumar" minha vida.

Confesso, irei explorar a mão de obra paterna para dar uma ajeitada no apê e matar saudades da comidinha da mamãe, mas não seria talvez a insanidade um preço alto demais a pagar por isso?

***

Não me vejo fazendo esse tipo de coisa, usar alguns dias de férias trancado "arrumando" o apartamento de outra pessoa e gostando de tudo (!!), ainda mais se o apartamento for em Brasília (BSB é ótima para se viver, mas não serve para passar férias). Nem pagando.

Cada demonstração abnegada de carinho e dedicação dessas que meus velhos fazem só me convence mais de que não quero ter filhos. Estou certo de que não conseguiria fazer a mesma coisa por outra pessoa, mesmo que ela compartilhe metade dos meus cromossomos.

É...acho bom meus velhos fazerem pressão no meu irmão. Ou se apegarem bem a meu cachorro para direcionar o instinto paternal/maternal que iria para os netos. Estou considerando seriamente a possibilidade de investir em uma vasectomia.

PS: É, é egoísmo mesmo, e daí?! Get that judgmental face off my blog...

3 comentaram:

Anônimo disse...

Ainda bem que meu irmão casou e promete reproduzir... acho difícil eu perpetuar meus genes... ao menos voluntariamente.

Anônimo disse...

Na verdade, O lance de ser pai/mãe é que é um caminho sem volta. Eu também não consigo me imaginar fazendo esse tipo de sacrifício por nenhum ser humano (nem eu mesma), mas quando um dia virar mamãe tenho certeza que nada me fará tão feliz quanto. É uma coisa meio assustadora, actually. É como se você passasse a não ser mais o protagonista da sua própria vida... mas tenho certeza que há compensações. ^___^

F. disse...

Eu não pretendo descobrir as compensações....

:o)