19 fevereiro 2008

Quem venceu?

Traicionaría por tanto mi conciencia ocupar una responsabilidad que requiere movilidad y entrega total que no estoy en condiciones físicas de ofrecer.

Não foi bem uma renúncia, o barbudo apenas se recusou a ser "reeleito" (cof cof). Mas com a saída de Fidel da presidência de Cuba, quem venceu a mini Guerra Fria caribenha? O imperialismo, ao ver seu arqui inimigo desisitir, ou o comandante, ao sair em seus próprios termos?

Ou venceu apenas o prazo de validade?

Que final sem graça para uma disputa que quase levou à hecatombe nuclear. Se o sucessor dele for esperto, a morte de Fidel nunca será declarada. O melhor a fazer é mandar empalhar e botar o barbudo sentado em uma cadeira no cantinho do gabinete, vestindo a farda (ou o agasalho da adidas, se rolar um "merchan"). Enquanto isso, um ghost writer continua escrevendo no Granma as "Reflexões de Fidel". Qualquer coisa, foi o Fidel que recomendou fazer, sentadinho de sua cadeira lá no canto. Não, não o incomode, ele está dormindo a siesta.

Quem se atreveria a questionar um regime que tem como inspiração um ser imortal? Para garantir, deveriam preventivamente tirar umas fotos como essa aí do lado, para provar que o barbudo está vivo. Um Photoshop básico muda a manchete do Granma de acordo com a necessidade do dia - se Stalin mandou reeditar os livros de história, por que Fidel não pode escrever o futuro? Não deve ser difícil para um dinossauro fazer pré-história.

O barbudo assim será imortal e as sutis diferenças entre marxismo e teocracia finalmente cairão por terra.

1 comentaram:

Emerson Novais Lopes disse...

Boa essa! Dá para fazer como o Imperador Qu'in Chi Huangdi (o que iniciou a Grande Muralha): quando ele morreu, a corte manteve a "história oficial" de que o homem estava vivo; quando ele começou a esverdear, deixaram o trono por trás de umas cortinas diáfanas; quando o cheiro começou a pegar, encheram a sala do trono com baldes cheios de peixe (decoração bizarra...). Depois, quando não teve mais jeito, mandaram os restos para os mausoléus onde corriam regatos de mercúrio que, até hoje, envenena as terras próximas.